tag:blogger.com,1999:blog-52852501286909341262024-03-13T11:29:56.642-03:00extra - vaza - mentocantares da sina de querer ser Lua: derramamentos de tristezas e alegrias desta vida que não passa de uma 'brincadeira dramática'.adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.comBlogger40125tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-70812886575796534102011-10-29T20:02:00.002-02:002011-10-29T20:06:44.282-02:00noite de estrelas.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://coisasquegosto.files.wordpress.com/2011/09/tumblr_lqasfgkmgb1qfzp9ro1_500.gif"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 500px; height: 281px;" src="http://coisasquegosto.files.wordpress.com/2011/09/tumblr_lqasfgkmgb1qfzp9ro1_500.gif" border="0" alt="" /></a><br /><br /><br />fonte: <a href="http://imgfave.com/all/page:2?after=1625783">tumblr</a>adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-70917931632936404342011-05-07T22:16:00.004-03:002011-05-07T23:09:46.580-03:00troco um mar de esperanças em um amor inventado por uma gota de bom senso.<span class="Apple-style-span" >nada é novo. </span><div><span class="Apple-style-span" >a verdade é como um esmalte velho, esquecido na gaveta que já se transmutou em cores e texturas inimagináveis, mesmo assim você reconhece como seu. como um gasto à toa. um desperdício. um: "como eu pude escolher isto?". a diferença é que perder o investimento (material) em um reles esmalte não condiciona seu bem estar noturno, nem sua consciência afetiva. ao menos não pra mim, que nunca me apeguei a essas futilidades.</span><div><span class="Apple-style-span" >agora, essas histórias que a gente tece, dia a dia, sorriso a sorriso, compartilhando simpatias, almoços, identificações, sonhos, percepções, noites, toques, estudos, sons, fluidos, saberes, começos, incentivos... essas cumplicidades a que um relacionamento de amor sempre nos impeli...</span></div><div><span class="Apple-style-span" >mas. </span></div><div><span class="Apple-style-span" >eis as adversidades: segredos; manias; histórias de outras promessas que por mais que ignoremos, latejam em pequenos detalhes, como o ressoar de um sino diminuto mas insistente. eis que no insistir de um biscoito discreto, mergulhado em um chá despretensioso, numa tarde de outono, surgem lembranças tão vivas de um passado ido, mas presente como um amor ainda aberto. feridas que nunca saram. lembranças de um tempo perdido. eternidade que não cura. </span></div><div><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="line-height: 19px; "><span class="Apple-style-span" >meia garrafa de vinho me será suficiente para garantir coragem de terminar um namoro? não, né? preciso beber mais, então.</span></span></div></div>adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-16419661007357343362011-03-06T23:50:00.001-03:002011-03-06T23:50:00.309-03:00arlequim<a href="http://twitter.com/#!/search?q=%23odeiocarnaval">é carnaval</a>. mesmo no coração da folia, <a href="http://www.carnaval.salvador.ba.gov.br/2011/Capa/">epicentro</a> de trios, quartetos e bandos, luzes, máscaras, há quem <a href="http://www.atarde.com.br/carnaval/noticia.jsf?id=5691124">se refugie</a>. no meu caso, prefiro o esconderijo no castelo de metáforas e lamúrias, sombra passante por janelas entreabertas. ouço ao longe o ecoar dos tumultos: <a href="http://twitter.com/#!/rachelsherazade">sheherazade</a> enfrentando o <a href="http://www.youtube.com/watch?v=oLmFQxsMbN4">sultão</a>, ao vivo, em todas as telas. conflitos, dúvidas, calor, <a href="http://www.skoob.com.br/usuario/20722">livros</a>, poeira, louça suja, solidão, irmã e irmão chegando. do outro lado, a persistência de uma situação que adultera minha fé em mim, para dizer o mínimo. estudos. escritos. perspectivas. tudo misturado. re-luz. sonos, falas, acordes, escritas, <a href="http://deleuzefilosofia.blogspot.com/2011/01/que-hacia-la-pantera-rosa.html?spref=tw">distrações</a> e tantas bobagens... nada, porém, consegue apagar um pensamento nascido por acaso, <a href="http://twitter.com/#!/meninadalua4/status/43565512805978113">ontem</a>: <br /><span style="font-weight:bold;"><br /><br />quem faz aniversário em pleno carnaval só podia mesmo ter alma de arlequim.</span> <br /><br /><span style="font-style:italic;">eis o grande mistério latejante. era para lhe contar mentiras coloridas e risonhas. inventar histórias de felicidades, conquistas, milagres. era para ser bem flutuante, reconciliada, esquecida, até. era para ser qualquer outra que não esta, à sua espera.</span>adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-19584928781883669252011-03-05T11:58:00.004-03:002011-03-05T13:38:00.191-03:00janeiro<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNBDOhGiIqQh5NmvOxWICAA56u2UZSsAl2Tetns5je1j1tS9ra36SdSbT0-nyn_y52sPAe_It6UoYo2yTgVNOTHFGet5BjqDBeRfnEGnqu_LRG_ap9PS-mManaza0A6VtCSAKvGlVBM3cp/s1600/eu+TT+2.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 120px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNBDOhGiIqQh5NmvOxWICAA56u2UZSsAl2Tetns5je1j1tS9ra36SdSbT0-nyn_y52sPAe_It6UoYo2yTgVNOTHFGet5BjqDBeRfnEGnqu_LRG_ap9PS-mManaza0A6VtCSAKvGlVBM3cp/s200/eu+TT+2.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5580617190632774578" /></a><br /><br />descobri com o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Caio_Fernando_Abreu">caio f.</a> que tem jeitos muito diversos dos meus de se iludir: há quem se engane repetindo para si mesmo que tem um <a href="http://www.scribd.com/doc/5467399/Caio-Fernando-Abreu-Os-Dragoes-Nao-Conhecem-o-Paraiso">dragão</a> com quem mora; há que se diga todos os dias: que será doce.<br /><br />claro que eu faço isso também, mas quando chove <a href="http://www.tribunapopulargbi.com.br/index.php?lk=4&id=9826">granizo em pleno sertão</a>, como ontem, apenas me permito dissolver as velhas expectativas numa ladainha seca, escondendo ao máximo a tempestade interna, apesar de violenta e irremediável, escondida como boa parte dos meus projetos vencidos.<br /><br />voltar à casa onde se perdeu a infância é reconhecer como a invenção de esperanças de que aprenderia a voar e seria feliz podem se tornar duradouras. voltei. mal consigo ver, espalhadas em cacos aleatórios, o reluzir fugaz de recortes de lembranças misturadas, o que foi e o que nunca será agora são inseparáveis: era para ser contínuo e fresco, era para ser boa como a aventura dos meninos perdidos, mas eu apenas voltei ainda com a pele colada com dúvidas e <span style="font-style:italic;">nãos</span> e outros tantos <span style="font-style:italic;">talvezes</span>, essa velha coleção de mágoas além das recentes desarmonias... <br /><br />os anos girando e eu ainda me debatendo no inóspito desse mar de areia seca granulada e fria como a dúvida em si mesmo, que nos assola em plena madrugada insone, esses desencontros que me congelam pouco a pouco. mar de gelo no sertão.<br /><br /><span style="font-style:italic;">"na vida, devemos desconfiar: do sultão, do mar, da sorte e do amor; principalmente quando estes sorriem para nós"</span><br /><br />e lá vou eu: a perdida, a incerta, a desgastada; cada dia mais ciente de que se os dragões não conhecem o paraíso, eu tampouco.adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-29136371876462426902011-02-07T00:55:00.006-03:002011-02-07T01:55:19.014-03:00sol-azulcomeçou quando o <a href="http://twitter.com/#!/caiofabreu">@caiofabreu</a> me disse: <br /><span style="font-style:italic;">Vezenquando baixa uma saudade, e fico sentindo falta do teu jeito lento de chegar pisando em nuvens, sempre azul.</span><br /><br />então, eu não resisti e fui contar para o vento essa boa verdade sentida aqui dentro, queria que você ouvisse a minha voz pingando essa saudade envelhecida e muito rouca. <br /><br /><span style="font-style:italic;">e lá fui eu me dissolver lendo/ouvindo drágeas de pensamento ultramoderno de um alheio que já foi meu. (já foi?) <a href="http://twitter.com/#!/search?q=%23meninoazul">#meninoazul</a></span><br /><br />ouvir uma vez só não era suficiente, pq era domingo, vc está tão longe, tão acostumado a minha não presença. eu tive que repetir pra nós dois os seus próprios versos. sua música nos meus ouvidos. um pouco do que me restou de você aqui, esta gravação em que vc desafina, e eu é quem perco o tom.<br /><br /><span style="font-style:italic;">"às vezes eu só queria precisar dizer q te amo...isso é tão fácil pra mim...assim como dizer que te odeio, tanta coisa em comum" <a href="http://twitter.com/#!/search?q=%23meninoazul">#meninoazul</a></span><br /><br />quanto mais eu sentia saudade de você, mas te odiava.<br /><br /><span style="font-style:italic;">olha aqui seu <a href="http://twitter.com/#!/search?q=%23meninoazul">#meninoazul</a> mesmo q vc não nos escute, repetimos: "um ser humano jamais atravessa incólume o círculo magnético de outro"</span><br /><br /><br />a trágica hora das lamentações e repetições de frases antigas. meu último cântigo assistido por você, relembrado à exaustão.<br /><br /><span style="font-style:italic;">esta minha mudez revoltada é só para que se lembre da inexistência de penalidades suficientes. não esqueço. <a href="http://twitter.com/#!/search?q=%23meninoazul">#meninoazul</a><br /><br />no incomensurável dos desejos e sonhos, entre o aqui e o aí, no reino do sem nome onde nos encontramos, lhe perdôo. <a href="http://twitter.com/#!/search?q=%23meninoazul">#meninoazul</a><br /><br />só não espere anistias, benevolências. que o que eu lhe dei foi amor, não salvação. <a href="http://twitter.com/#!/search?q=%23meninoazul">#meninoazul</a><br /> <br />está perdoado. esta é a minha vingança. <a href="http://twitter.com/#!/search?q=%23meninoazul">#meninoazul</a><br /></span><br /><br /><br />e ao ver seus rastros antigos, tanta coisa que eu nunca soube, avanços, receitas, mesas, toalhas, xícaras, flores de plástico e sonhos cotidianos azuis, tudo combinando com sua alma de sol e com suas anunciadas promessas de vida comum, longe de mim, sem mim, tudo parecendo já gasto pela rotina mas que me era tão novo quanto essa falta que você faz repentinamente agora,<br /><br /><span style="font-weight:bold;">confessei: </span><br /><br />1. sei que você jamais ouvirá nenhuma dessas minhas abreviações de amor irreal. não faz diferença mesmo, todos os ventos sabem que não quero você. não volte. jamais pensei algo assim. é apenas sombra de saudade esparramada por incontidas lembranças outras. foram dias bons, vc também há de convir, se algum acaso milagroso lhe permitir me olhar nos olhos. <br /><br />2. havia perdido a lembrança dessa sua infinita capacidade de rir azul.<br /><br />3. se você me olhar nos olhos e sorrir, eu te amo de novo.<br /><br /><br />então, que fazer se não voltar à estação do esquecimento?<br /><br /><span style="font-style:italic;"><br />nota mental: não colecionar prolongamentos de situações que declaradamente rimem apenas com possibilidade intransitável. <a href="http://twitter.com/#!/search?q=%23meninoazul">#meninoazul</a><br /><br />nota mental: não perseguir sonhos de eternidade com alguém que pretende plantar sua felicidade em outro asteróide. <a href="http://twitter.com/#!/search?q=%23meninoazul">#meninoazul</a><br /><br />nota mental: desistir de juntar partículas de esperanças abandonadas por gente q mesmo indo embora ñ apaga seu rastro de poesia #meninoazul<br /><br />nota mental: ignorar o florir das promessas dos cometas <a href="http://twitter.com/#!/search?q=%23meninoazul">#meninoazul</a><br /><br />nota mental: não esquecer que o incentivo a ouvir e rir para as estrelas sempre vem de um pequeno principe suicida. <a href="http://twitter.com/#!/search?q=%23meninoazul">#meninoazul</a><br /><br />nota mental: evitar a tentação dos filhos do sol garante bem mais do que a saúde da pele. <a href="http://twitter.com/#!/search?q=%23meninoazul">#meninoazul</a><br /><br />nota mental: gente que sorri azul deixa sempre um rastro excessivo e íntimo, não importa o quanto você finja ignorar. <a href="http://twitter.com/#!/search?q=%23meninoazul">#meninoazul</a><br /><br />nota mental: não há tempo que suprima a ausência de um <a href="http://twitter.com/#!/search?q=%23meninoazul">#meninoazul</a><br /></span><br /><br /><br /><br /><br />pra não esquecer jamais:<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><span style="font-style:italic;">nota mental: não há tempo que suprima a ausência de um <a href="http://twitter.com/#!/search?q=%23meninoazul">#meninoazul</a></span>adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-70555040583875718632010-11-12T23:46:00.003-03:002010-11-12T23:56:41.765-03:00mesóclise<span style="font-style:italic;">eu gosto da mágica dos pronomes possessivos<br />suas flexões de desejos corrigem os limites de todas as palavras, <br />criam cercas, porteiras e cadeados<br />com eles, nos perdermos nesse pomar de sonhos<br />minha sombra<br />meus versos<br />meu amor<br /><br />eu gosto da sedução desvairada dos pronomes possessivos<br />nossa história<br />nosso ritmo<br />nossa doce ilusão de completude<br /><br />teu gênio<br />tua cor<br />tua festa dionisíaca<br />minha boca na tua<br />nessa ilusão de sermos um só<br />o meu e o teu<br /><br />eu gosto do desatino dos pronomes possessivos<br />dessa coleção de expectativas, dessas marcas na pele, <br />dessas linhas e linhas e linhas<br />que me fazem crer<br />naquilo que eu mesma inventei</span>adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-43271498834491568462010-11-02T00:36:00.003-03:002010-11-02T11:44:16.714-03:00é bom que seja assim, Dionisio, que não venhas...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIBOQmvCCNAOp-GJeqGDbWJIiT4tl0H0JTZp3wGaPmQP1Bwaia4D_fR7AFJcPmnpvLBrPv-QepuyCQ38bndHxVax4wsfx1JCZTY0A9svsJaugUdecnqOl2c7n53YkFprt7wi8PPzJ4X0we/s1600/DSC00642.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIBOQmvCCNAOp-GJeqGDbWJIiT4tl0H0JTZp3wGaPmQP1Bwaia4D_fR7AFJcPmnpvLBrPv-QepuyCQ38bndHxVax4wsfx1JCZTY0A9svsJaugUdecnqOl2c7n53YkFprt7wi8PPzJ4X0we/s200/DSC00642.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5534795876262921122" /></a><br /><br /><br />quando chegaste do reino do improvável, qual os antigos conquistadores, <a href="http://www.mlahanas.de/Greeks/Alexander.htm">magnos e ardentes</a>, me abraçaste, beijaste e disseste: vem comigo; eu fui. <br /><br />desde então, o teu comportamento de eternidade criou aqui esta aura de permanência dos teus cantos e toques. na tua boca vi conter todo o reluz <a href="http://www.youtube.com/watch?v=ixVEcC0sgz8&feature=related">daquelas estrelas</a> que nos sorriem e eu, simples adoradora rendida, larguei meu cetro do reino do desdém e passei a mendigar um pouco desse ar que o teu corpo produz, quando te ergues e passa, desmontando dúvidas, soerguendo ilusões em espirais que eu já não sonharia. eu fui contigo, de mãos dadas, abandonando pelo caminho a minha coleção de desencantos, segredos e promessas vencidas. <a href="http://www.hildahilst.com.br/obras.php?categoria=4&id=66">Ariana</a>, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Livro_de_Ester">Ester</a>, <a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2026">Aurélia Camargo</a> todas as minhas faces a ti suplicantes.<br /><br />teus sons e cheiros de feitiço perpétuo, tuas mãos onde depositei minhas galáxias de esperanças de renovação, teus ombros, teu corpo, tua sombra, vestígios do teu poder, o eco de tudo isso, agora, me grita através dessa casa onde já não estás, um palácio feito o pasto seco da caatinga, desolado, onde dormem meus versos desesperados totalmente inúteis, como os <a href="http://www.elluneb.uneb.br/segn/concursos.html">colares</a>, vestidos e flores que vez ou outra ainda teimam em me ofertar, mas que desprezo. desses desencontros contínuos onde a vida insiste em nos moldar, dessas falhas nos rumos do que julgamos ser nosso, dessa grande tolice que é a emoção humana. <br /><br />e fica essa mistura de ungüentos, lágrimas e cantos que jamais suporias, tantas outras de mim, espalhadas, sangrando, à tua espera.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2R3SDMrJMq1iweFr7dDJxbHPESRzIgfarpPjTb2C5VMz4KZ2paIsZJwQOkbBCVafK0QwROLGkeIfsxxPoVLUiUbwg7TH2d198n57WTFdbU9nT_XvF105p3RBkRG0mi_tazi0pt0-fxz_Z/s1600/P3112_27_02_2010.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2R3SDMrJMq1iweFr7dDJxbHPESRzIgfarpPjTb2C5VMz4KZ2paIsZJwQOkbBCVafK0QwROLGkeIfsxxPoVLUiUbwg7TH2d198n57WTFdbU9nT_XvF105p3RBkRG0mi_tazi0pt0-fxz_Z/s200/P3112_27_02_2010.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5534956249105684274" /></a>adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-13438944030823225662010-10-21T17:13:00.006-03:002010-10-21T17:44:05.283-03:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrCqK7kSz1ALsZ5PujTSmaiofm4kri4Le3mxdnZfk6-kOPek9sbQJ-9DcDfe9_LAhaiTpn2v0ANk4TQmQyRE0FN02SnDWQz0JyDAOHiseIuLOD8OWi2Yd3SLAM8YIHc5vwaEQY_inBTX0O/s1600/P1105_17_12_2007.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrCqK7kSz1ALsZ5PujTSmaiofm4kri4Le3mxdnZfk6-kOPek9sbQJ-9DcDfe9_LAhaiTpn2v0ANk4TQmQyRE0FN02SnDWQz0JyDAOHiseIuLOD8OWi2Yd3SLAM8YIHc5vwaEQY_inBTX0O/s200/P1105_17_12_2007.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5530600264522469074" /></a><br /><br /><br /><br /><span style="font-style:italic;">me parece que em tardes chuvosas de primavera como esta, <a href="http://pt.wikisource.org/wiki/O_Corvo_(tradu%C3%A7%C3%A3o_de_Machado_de_Assis)">os Corvos</a> saem ao acaso e gritam aos tristes: nunca mais.<br />me parece que em tardes chuvosas de primavera, não há torta holandesa, ouvidos amigos ou refúgio nos livros que nos sare. <br />em tardes chuvosas de primavera, todas as águas internas da oxum que há em mim se turvam, perco a cor. <br />em tardes chuvosas de primavera, tudo que eu não quero é rever seu rosto de sol, sorriso impessoal, sem culpa nem saudade. <br />tardes chuvosas me arrancam a primavera. <br />tarde de chuva por dentro. <br />é tarde.</span>adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-58682135018271162792010-07-15T18:15:00.004-03:002010-07-15T18:22:35.562-03:00retratos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWgPMQMekAzbOG_8r-t8LB3wR6bYtsSAb04DbLX_QV_mTJjdEUaXcy5qSbsrLjtK8tjltgudeNQ5gPreQU39xHwWew4LWctgIJxu4qD6MA_rG6fMWpG6X11WOvoXxof2Q83niwvixqApYD/s1600/P1002_14_12_2007.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWgPMQMekAzbOG_8r-t8LB3wR6bYtsSAb04DbLX_QV_mTJjdEUaXcy5qSbsrLjtK8tjltgudeNQ5gPreQU39xHwWew4LWctgIJxu4qD6MA_rG6fMWpG6X11WOvoXxof2Q83niwvixqApYD/s200/P1002_14_12_2007.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5494245816377964594" /></a><br /><br /><br /><span style="font-style:italic;"><br />(...) ontem por incrível que pareça todos os lugares que pisei eu te procurei. teus rastros ficaram por lá. o balançar de teus cabelos e esse teu jeito meio atacado de ser. fiquei feliz em poder sentir tua falta, - a falta mostra o quão necessitamos de algo/alguém. é assim o nosso ciclo. eu te preciso. perto, longe, tanto faz. preciso saber que tu está bem, se respira, se comeu ou tomou banho - com o calor que está fazendo neste verão, tome pelo menos uns três ao dia, e pense em mim, estou com calor também. me faz bem pensar nessas atividades corriqueiras, que supostamente você está fazendo. ah, e eu estou te esperando, com meu vestido curto, óculos escuros grandes e meu coração pulsando forte, e te abraçar até sentir o mundo girar apenas para nós. é, eu gosto muito de ti.<br /><br />caio fernando abreu</span>adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-90322249357178335122010-05-30T01:05:00.004-03:002010-05-30T01:13:48.201-03:00outros espaços<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSMgHBAT6HA2r4Mu9JBM034iv8AI_oh-K7GoDn1gU7D5vi73HO8zqu70rzsCs1Y8N8jd1bRx9WfjzUPdA88A52TtHCFQV0tSKjNujZP3MuFMqOB5rgZT1Zvdoc5k2N0zndpcOZHgy3IdzZ/s1600/Imag05~1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSMgHBAT6HA2r4Mu9JBM034iv8AI_oh-K7GoDn1gU7D5vi73HO8zqu70rzsCs1Y8N8jd1bRx9WfjzUPdA88A52TtHCFQV0tSKjNujZP3MuFMqOB5rgZT1Zvdoc5k2N0zndpcOZHgy3IdzZ/s200/Imag05~1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5476911223379275282" /></a><br />a saudade mistura tudo. a saudade não conhece o tempo. não se sabe o que é antes nem depois. tudo é presente. #coisasqsinto #rubemalvesadriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-31085281757536158872010-02-20T11:50:00.012-03:002010-02-20T14:01:34.809-03:00sol-azul: aniversário como tempo de desabafo e perdão.outros títulos possíveis:<br /><br /><em><strong>depois de 3 estações, um scrap. </strong></em><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgquo_WiILfNP_muxfd-ZQiad14wbLPO4GXNjPSN-mVLkkw7kDlN8ZzZjnQT8tLAljhNVrw4uzTHtzaa7h3rKVIXlZWeNYsR5H-zcwcbPoXk-b4uBNyYTBih3KsEplbrhzdJjsX8coPUWvX/s1600-h/P1316_20_12_2007.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgquo_WiILfNP_muxfd-ZQiad14wbLPO4GXNjPSN-mVLkkw7kDlN8ZzZjnQT8tLAljhNVrw4uzTHtzaa7h3rKVIXlZWeNYsR5H-zcwcbPoXk-b4uBNyYTBih3KsEplbrhzdJjsX8coPUWvX/s200/P1316_20_12_2007.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5440361663406402722" /></a><br /><br />ou:<br /><strong>pq isso aqui não deixará de ser um acúmulo de versos espalhados, em pedacinhos aleatórios...</strong><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdDqJdvNIepcMxRbMNwtBnm91EaWgFB-BC-0b7u-PP3W0cgqE2_VCioPgkw6LVqMKXXIzQmHpI4vc5YH9CZhzCH6JE8n4RJpNHosrAYySVUjz64X-0wvCmeAFQ8o2TVTSMS7SKOJTTFJSM/s1600-h/Cantiga+para+n%C3%A3o+morrer+do+Ferreira+Gullar.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdDqJdvNIepcMxRbMNwtBnm91EaWgFB-BC-0b7u-PP3W0cgqE2_VCioPgkw6LVqMKXXIzQmHpI4vc5YH9CZhzCH6JE8n4RJpNHosrAYySVUjz64X-0wvCmeAFQ8o2TVTSMS7SKOJTTFJSM/s200/Cantiga+para+n%C3%A3o+morrer+do+Ferreira+Gullar.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5440368258518434562" /></a><br /><br />ou:<br /><em><strong> de quando eu plantava girassóis. </strong></em><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifesRzGdgabDg_7qA0nd66SMWuYKHTw253uMTpuw18080H3IW2BExFZc1E7guaiUUL2xO9O6mMGtwUxZBhb3_cojh8V6bRDR8ENC0uCHmF7V0EqPj39zLZNq8fBcHKpX9tv1UQ_kUlOCXD/s1600-h/DSC00561.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifesRzGdgabDg_7qA0nd66SMWuYKHTw253uMTpuw18080H3IW2BExFZc1E7guaiUUL2xO9O6mMGtwUxZBhb3_cojh8V6bRDR8ENC0uCHmF7V0EqPj39zLZNq8fBcHKpX9tv1UQ_kUlOCXD/s200/DSC00561.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5440346995119187266" /></a><br /><br />ou:<br /><strong><em>tudo depende do humor do Sol².</em></strong><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEga3H24YZdaEhz_zk85k9d8dMErjkfaCxHv0o6EuIGjfr9Da9OWxAytFhjbW1tQM3Esz5UvCXdFOVsLazcethTUdsPz_upvismKxHm8rOMO-uDvtREI4YKRWBZlAfOltWwADPph9z6G2d6T/s1600-h/P774_14_10_2007.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEga3H24YZdaEhz_zk85k9d8dMErjkfaCxHv0o6EuIGjfr9Da9OWxAytFhjbW1tQM3Esz5UvCXdFOVsLazcethTUdsPz_upvismKxHm8rOMO-uDvtREI4YKRWBZlAfOltWwADPph9z6G2d6T/s200/P774_14_10_2007.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5440360306105972850" /></a><br /><br />ou: <br /><em><strong><br />7/10/2009 21:52:59</strong></em> <br /> <br /><em>está perdoado. lhe entreguei uma misericórdia apressada, corrompida, como diria o n. rodrigues, seu companheiro de anunciação de afetos múltiplos, espalháveis. daí que a sua ofensa maior, o seu grande erro, esse de existir longe de mim, apesar da órbita e das rimas, sobrepõe-se aos momentos nuviosos, às bolas fora, e não permite que o esquecimento alce vôo. pesa. e este meu silêncio morno, que picharia a cidade inteira com recriminações a seus atos levianos, embora preferisse lhe dedicar as tais flores amarelas, se não entendesse a excepcionalidade conceitual do caso, se não acreditasse, à revelia da minha fé em escombros, que há a promessa, esta minha mudez revoltada é só para que se lembre da inexistência de penalidades suficientes. não esqueço. e no incomensurável dos desejos e sonhos, entre o aqui e o aí, no reino do sem nome onde nos encontramos, lhe perdôo. só não espere anistias, benevolências. que o que eu lhe dei foi amor, não salvação.<br /><br />está perdoado. esta é a minha vingança. </em> <br /><br /><br /><br /><em><strong>as estrelas são belas por causa de uma flor que não se vê - saint-exupéry</strong></em><br /><br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCsvVA5p2GN89AyneZUeDR8y4zCc_tcWaW1mF_VZCtlWIULOQI6bZtAX1eLMGFePY7Ldh5Fk7CsHJoFnYbLqfR28JScSzBu-P8Ws2aFiZmeCso2XJx2o9mjmuqS3FQF_UbtRoGTAsbFEC7/s1600-h/5rOtxmdL.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCsvVA5p2GN89AyneZUeDR8y4zCc_tcWaW1mF_VZCtlWIULOQI6bZtAX1eLMGFePY7Ldh5Fk7CsHJoFnYbLqfR28JScSzBu-P8Ws2aFiZmeCso2XJx2o9mjmuqS3FQF_UbtRoGTAsbFEC7/s200/5rOtxmdL.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5440358421884095954" /></a><br /><br /><br />7/10/2009 21:52:59 <br /><em>está perdoado. esta é a minha vingança. </em><br /><br />Que bom! Pensei ter morrido, pra ti... <br /><br /><em>por você, eu encherei a soterópolis inteira de girassóis, no verão. </em><br /><br />Oh meu Deus... <br />Senhor, obrigado! <br /><br /><em>vc verá, nem q seja por fotos. </em><br /><br />Antes, diga-me: como passou esse tempo todo de silêncio? <br /><br /><em>já disse: minha mudez revoltada é só para que se lembre da inexistência de penalidades suficientes. não esqueço</em>. <br /><br />Estou bem habituado a penalidades... o tempo todo sofro alguma delas! <br />mas eu queria saber se vc está bem... <br /><br /><em>estou. <br />e vc? </em><br /><br />Bonzinho... aliás, nem tanto, pela tua mudez... <br />Mas agora estou melhor. <br /><br /><em>mudez q não deixou de ser carinhosa, pq te mandei versos azuis <br />só hoje vi q estão lá, no orkut <br />gostei. </em><br /><br />Eu os li... fiquei com receio de responder, mas gostei muito... <br />Fiquei feliz. <br />Entrei bem aos 30. <br /><br /><em>agora vc é, irrevogavelmente, um adulto. </em><br /><br />Tomara. <br /><br /><em>como é? </em><br /><br />Alguns alunos perguntaram... <br />Pensei um pouco... e respondi que não é diferente de completar 15 anos. <br />Mas, desta vez, vc se sente mais encorpado, menos fútil e com cabelos brancos a mais. <br /><br /><em>eu pensava q só era significativo pras meninas os 15 anos </em><br /><em>os 30 são anúncio da decreptude. ainda me restam uns 3 anos de suspiros, até lá </em><br /><br />Alguns rapazes acham importante os 15 invernos. Porque é uma idade de cabeçadas e desejos sexuais irrealizáveis. <br /><br /><em>eu gosta da inversão da previsibilidade metafórica q vc faz. mas quem nasceu em julho, e é da noite, sou eu. vc, nascido na primavera, solar, comemorando invernos? boreal sou eu.</em> <br /><em>acho q os homens vivem eternamente Às cabeçadas. 15. 30, 40... ha diferença? </em><br /><br />Sei que sou da estação das plantas... mas é que boa parte da minha vida foi um inverno... <br />Bem, aí já não posso confirmar. É raro eu dar tropeços, atualmente. Não sou perfeito, mas agora faço cautela. <br /><br /> <em>... pareceu uma história q contava para os meus: uma estrelinha q tinha medo do escuro. medrosa, se escondia. até q descobriu q, brilhando, a escuridão apagava. <br />mas tudo bem... eu deixo! afinal, tb apreendi algumas de suas pretensões metafísicas, e as espalho por aí, como se minhas fossem </em><br /><br />Acredite, eu queria te dar bem mais afeto que valesse... plantando um baita girassol na tua vida. <br /><br /><em>já floreceu </em>adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-30739143249739472132009-10-10T13:13:00.005-03:002009-10-10T13:58:25.631-03:00ganhei<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZc1CySIvcKUWCF0RD_WUZILRnonVVfgmDOOXFGBUAMGJJwsvOld4lr6kvKRiEdPhjCXCpqzHp1KFmiL6wIVCcKZTM6woChgfeNJUy_lTFbPzAZpWNYIvwIVifHZ7U8b0m-LidKvKxRJKA/s1600-h/Foto042.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZc1CySIvcKUWCF0RD_WUZILRnonVVfgmDOOXFGBUAMGJJwsvOld4lr6kvKRiEdPhjCXCpqzHp1KFmiL6wIVCcKZTM6woChgfeNJUy_lTFbPzAZpWNYIvwIVifHZ7U8b0m-LidKvKxRJKA/s200/Foto042.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5391014929622613058" /></a><br /><br /><br /><strong><em>FEMININA<br /><br /><br />nascerá, então, do teu breve sentar, <br /><br />o sorriso que carregará a diferente beleza de quem te olha. <br /><br />quem te vê sorri mais bonito. <br /><br />e não é pelo teu reflexo... <br /><br />é pelo infinito que se abre aos olhos que deslindam teus mistérios.<br /><br />desde o formar do decote que junta e eleva os seios, até o meio de retinas. <br /><br />tudo se faz especial (muito mais que beleza) <br /><br />tudo se faz transcendental (muito além da pureza ou simples magia).<br /><br />teu sentar, teu luzir, teu ser o que é, <br /><br />te faz diferente, te faz sobressair.</em></strong><br /><br /><strong><em>te faz uma mulher dentro de outra mulher.</em></strong>adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-64551861423472688362009-09-24T13:52:00.007-03:002009-09-24T14:12:29.566-03:00somos todos desertos, e eu tenho sede.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhImzV508JBw6Une4ClpUMdxg7kOoZmVcLfn6AZ-hHLpsQUQ4SsysG4ZHdYK4s1cRfHbdJiRfozlNH3MXYnhMaKHSxhAW-dxgMi82PeiMlQbkyUWQ3kx6oHz7wwUHQEME6owrzyRpIU9q7e/s1600-h/P2511_30_03_2008.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhImzV508JBw6Une4ClpUMdxg7kOoZmVcLfn6AZ-hHLpsQUQ4SsysG4ZHdYK4s1cRfHbdJiRfozlNH3MXYnhMaKHSxhAW-dxgMi82PeiMlQbkyUWQ3kx6oHz7wwUHQEME6owrzyRpIU9q7e/s200/P2511_30_03_2008.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5385082790133993122" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-H1Q5Ryk2O_2ti9ArOEBZw_nx8s0P-boAaW-jgpsTAucwr5tGIrjBo2hBgtDHDZVyBR8ZEsTwTCoW5LQ1Cb0LYno8DI4QcbqIsWBd4IJ5apBlUOpfZtSZ6YcFJZllZqX1OWBg88nmqZ5s/s1600-h/P2509_30_03_2008.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-H1Q5Ryk2O_2ti9ArOEBZw_nx8s0P-boAaW-jgpsTAucwr5tGIrjBo2hBgtDHDZVyBR8ZEsTwTCoW5LQ1Cb0LYno8DI4QcbqIsWBd4IJ5apBlUOpfZtSZ6YcFJZllZqX1OWBg88nmqZ5s/s200/P2509_30_03_2008.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5385082382243481218" /></a><br /><br /><br /><strong>tudo quanto penso,<br />tudo quanto sou<br />é um deserto imenso<br />onde nem eu estou.<br /><br />extensão parada<br />sem nada a estar ali,<br />areia peneirada<br />vou dar-lhe a ferroada<br />da vida que vivi.<br /><br />[...]<br /><br /> fernando pessoa, 18-3-1935 </strong><br /><br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgciS91po10t4Dwa1MnxX8vDqapHzkqbt0APU0RB_O3mRnNJH_nAlbKoL3C_k99JGe6QfPtFEaiMu-oM35twTo0kcL5TRApUD-YC-bWFoOz5AIsFtwyZbIR7yQPAN2qdmpZGHpwdtwTQRlF/s1600-h/do+seu+olhar.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgciS91po10t4Dwa1MnxX8vDqapHzkqbt0APU0RB_O3mRnNJH_nAlbKoL3C_k99JGe6QfPtFEaiMu-oM35twTo0kcL5TRApUD-YC-bWFoOz5AIsFtwyZbIR7yQPAN2qdmpZGHpwdtwTQRlF/s320/do+seu+olhar.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5385078760758893394" /></a><br /><br /><br /><em>nós somos desertos, mas povoados de tribos, de faunas e floras. passamos nosso tempo a arrumar essas tribos, a dispô-las de outro modo, a eliminar algumas delas, a fazer prosperar outras. e todos estes povoados, todas essas multidões não impedem o deserto, que a nossa própria ascese; ao contrário, elas o habitam, passam por ele, sobre ele ( o deserto a experimentação sobre si mesmo é nossa única identidade, nossa única chance para todas as combinações que nos habitam (...) DELEUZE </em>adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-79244696722766308032009-08-17T00:08:00.012-03:002009-08-28T19:37:22.263-03:00conversas internas<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFprW-Z-Xk8CZvEwoflhpgJ894cP6um71V4D8LKzklrrXUJhVyDfij6rEWpTDCpUJN8dRFeiWXcfjuGtV2o94EOpxJ6C1q480lk7msLH_jJTGhvXWIb8XRc-IeI4i-onh941FxoetVO54z/s1600-h/DSC08121.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFprW-Z-Xk8CZvEwoflhpgJ894cP6um71V4D8LKzklrrXUJhVyDfij6rEWpTDCpUJN8dRFeiWXcfjuGtV2o94EOpxJ6C1q480lk7msLH_jJTGhvXWIb8XRc-IeI4i-onh941FxoetVO54z/s320/DSC08121.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5370773597330429218" /></a><br /><br />eu andei perdida em movimentos aleatórios de felicidade. é simples qd não se é só. mas isso, para mim, dura pouco. acaba antes do fim das férias. e por + q eu me esforce, esvae-se, fumaça entre os dedos. <br />[o amor também será isso, então? uma despedida sempre pronta a cumprir-se? essa ameaça constante?] <br />o q, nesta vida, afinal nos une ao alheio do mundo e dos outros se não a nossa consciência de sozinhez e desepero? não é o sangue aqui nas veias. nem é a bondade, ou qqr outro valor. seria simplório d+. é o comodismo? a preguiça? acredito + nisso do q em qqr juízo moral. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimMGPRlLvTUCTlGASPd9MnGo-cciEFJQMAJ7wcnFdO2c4Js5GxcrRb6Fop9fP7OXCkIHoawxq-f44gfcC1aEwD9cRW3Y_MSbAaUQQazOcLZCBoRTUeXJcWNeTiJ9HXQE0M1TuxslpEA6kf/s1600-h/5.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 205px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimMGPRlLvTUCTlGASPd9MnGo-cciEFJQMAJ7wcnFdO2c4Js5GxcrRb6Fop9fP7OXCkIHoawxq-f44gfcC1aEwD9cRW3Y_MSbAaUQQazOcLZCBoRTUeXJcWNeTiJ9HXQE0M1TuxslpEA6kf/s320/5.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5370764970140073058" /></a><br /><br />mas isso é tão lá dentro q quase não ouço. não tenho do q reclamar. e não é crítica a ninguém. lá em casa, além das nossas caras quase idênticas, o cilma é de reciprocidade em atos de solidariedade pura e despretenciosa. riso e cor. uma felicidade q não tenho enquanto atravesso esse cotidiano na capitá do arraiá baianesco. lá em casa, tudo é tão engraçado e calmo...<br /><br /><br />[presentinho da amiga super-patie:]<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR6dTrcxwOgWs1LwFI8GFAfJITk-mB87kvlUJexQeU-0hasvx7QdMoJHs0nRYCtxjH8GhpfCTx8PGhyZ_HcYcwoiCSi6ugsTNCXPNV035tWMZ7ggTY53L2vHSGFZKNdTl8846sYEta5QBc/s1600-h/academicossa2.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 191px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR6dTrcxwOgWs1LwFI8GFAfJITk-mB87kvlUJexQeU-0hasvx7QdMoJHs0nRYCtxjH8GhpfCTx8PGhyZ_HcYcwoiCSi6ugsTNCXPNV035tWMZ7ggTY53L2vHSGFZKNdTl8846sYEta5QBc/s320/academicossa2.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5370767943613864162" /></a><br /><em>/acadêmicos s.a by: <a href="http://patricitudes.blogspot.com/">patie braille/</a></em><br /><br /><br /><br />depois que eu cheguei à caótica e destrambelhada capitá, quase não me vejo. acho q me esqueci em alguma gaveta velha, ou pote sem uso. quem sabe qd me reencontrarei?<br />era pra ser + forte e puro o meu senso de identidade e reconhecimento das minhas próprias querências. talvez eu tenha me tornado só isto. e sigo. <br /><br />não vou negar: é bom. eu gosto. é ótimo! se tenho medo do porvir, é por causa do já ido. ninguém entende, pq é um daqueles tantos segredos q eu fiz questão de apagar até do caderno imaterial do vivido. aí deu nisso. insistência louca em capítulos repetidos de série tosca, sem qqr audiência. minha cabeça e seus dilemas: eu quero mesmo um de <a href="http://desciclo.pedia.ws/wiki/Tienda_del_Chavo">tamarindo, que parece de groselha e tem gosto de limão </a>ou só uma água sem gás?<br /><br />coragem, coragem...<br /><br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiohBhMlTfi77CLwKsvLcUuOk8IUdmZ5cELWB2gItX0dz33AyBQDF0V8gK8erpna9tM6RjDiRORrXUNWxnwMxjkwlgkP6cZss3gXXPDJ2OyAnSc_Q-Fh0ae4kTqI4V6E6yEuebCHUIxxL6f/s1600-h/P2874_19_07_2009.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiohBhMlTfi77CLwKsvLcUuOk8IUdmZ5cELWB2gItX0dz33AyBQDF0V8gK8erpna9tM6RjDiRORrXUNWxnwMxjkwlgkP6cZss3gXXPDJ2OyAnSc_Q-Fh0ae4kTqI4V6E6yEuebCHUIxxL6f/s320/P2874_19_07_2009.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5370774536350658482" /></a><br /><br /><em><br />a pálida luz da manhã de inverno,<br /><br />o cais e a razão <br />não dão mais 'sperança, <br />nem menos 'sperança sequer,<br /><br />no meu coração. <br />o que tem que ser<br /><br />será, quer eu queira que seja ou que não. <br /><br />no rumor do cais, no bulício do rio,<br /><br />na rua a acordar <br />não há mais sossego,<br />nem menos sossego sequer,<br /><br />para o meu 'sperar.<br /><br />o que tem que não ser <br />algures será, se o pensei;<br />tudo mais é sonhar. <br /><br /><br />fernando pessoa<br />28.12.1928</em>adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-46588158144582001342009-07-18T01:46:00.007-03:002009-08-28T19:56:32.480-03:0027 inernos[espaço para viver o dia, fotografá-lo, e reproduzi-lo sem versos ] <br /><br /><strong><br />nunca vou me render</strong><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheGWZMKTqKOgWNXf6du-vQT6ajIxVPMgXxgj8LrNOfOmFO_onQNREXUf7aO61VAEjECjoZxNUwvbux0JSEt-FUFvXq2x_OZEq68BlNOrEW2oVtmUlsV5uMDsCiuS82KcciXjfOkU1T3tVL/s1600-h/18+de+julho.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheGWZMKTqKOgWNXf6du-vQT6ajIxVPMgXxgj8LrNOfOmFO_onQNREXUf7aO61VAEjECjoZxNUwvbux0JSEt-FUFvXq2x_OZEq68BlNOrEW2oVtmUlsV5uMDsCiuS82KcciXjfOkU1T3tVL/s320/18+de+julho.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5359658065798890210" /></a><br /><br />De: Adriany Thatcher<br />Enviada: sábado, 18 de julho de 2009 5:12:10 <br />Para: poeta h<br /><br />madrugada de um dia que se perdeu inteiro para minhas angustias terem insônia; acharem morada; brincarem de subverterem meu juízo ralo.<br />mesmo assim eu lembro de você, dos versos espalhados em outras manhãs mais chuvosas, da lira e do mistério.<br />faz falta.<br /> <br />a menina que fui e que brincava em jardins floridos e úmidos, sorriso fácil, sonhos puros, essa menina te dá as mãos agora, andemos juntos [assim sonho] e brindemos a nossa malfadada vida. contigo, os segredos fazem sentido: "o 18 de julho é quase um tudo na medição das independências interiores."<br /> <br />espero que faça sol de manhã. e por dentro também. <br /> <br />[...]<br /><br />a você: toda a melodia do mundo.<br />parabéns.<br /> <br />muitos beijos.<br />_________*__________*___________*______________*___________<br /><br /><span style="font-style:italic;">18 de julho<br /><br />sim: 27 invernos.<br /><br />não tenho lá festividades para contar. números ímpares refletem imperfeição. mas também não tenho o que reclamar: estou em paz, apesar do plim plim da varinha de condão faltante.<br /><br />pensei e quis sol. mas fiquei em casa. ouvi recados on line. telefonemas? só um, vindo do outro lado do atlântico [esta constância sempre me surpreende e alegra]. <br /><br />sem choro ou saudade. até dormi. mas na preparação para a travessia, choveu. fiquei tão triste, me senti tão só... eu mal lembrava como era este clima do outro lado da cidade, no sentido da saída [que já representou a chegada, quando eu ria ao sol inebriada de amor e felicidade, mas naquela época era verão, e eu pensava, sonhando, que era amada], não queria ficar pensando nisso, foi a chuva que me trouxe essas lembranças...<br /><br />em casa. espero equilibrar os ânimos, insistir no sonhos. voltar melhor. 27 anos, quem diria? e essa luta desregrada, esse desequilíbrio todo...<br /><br />[eu tentei, mas não consegui evitar o pensamento preso nessas lembranças, foi a noite chuvosa, esses lados da cidade me obrigam a sentir isso.... casinhas iluminadas, feias, feias!]<br /><br />em casa, depois de um mês de férias do comum: aceitei o bombom recheado que a vida me deu de presente – tão doce, tão suculento que comi rápido. uma tensão boa. constante. breve.<br /><br />todos estes sentimentos misturados. esta espera por não sei o que, nem quem... tem sentido? há sentido? o que sou, nisto tudo? sou? aprendi com a dor. tive sonhos maiores do que eu. se me perdi, se não alcanço, a estrada é longa, e eu estou descalça...<br /><br />nada vale o preço deste bem estar interno, apesar de tudo, este pacífico modo de sentir a vida. <br /><br />sinceramente, não tenho nada a reclamar. agradeço.</span>adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-83509029647359323722009-07-08T22:58:00.003-03:002009-07-08T23:48:51.321-03:00[parêntese explicativo]<strong>[</strong>choveu mais cedo. eu nem tinha percebido, mas bastou colocar a cara na rua para sentir a baforada fria da saudade de um nós dois já tão antigo que até eu quase não lembrava.<br />só entende quem já encontou alguém com quem se quisesse, eternamente, <a href="http://naasomcristao.blogspot.com/2007/09/insustentvel-leveza-do-ser-milan.html">dormir com as mãos enlaçadas</a>.<br />é por isso que não há nada a ser dito ou feito capaz esconder este deserto úmido e invisível que permanece no meu coração. invisível para os outros. ninguém consegue me fazer esquercer de vê-lo luminoso e frio. <br />chovia na manhã em que eu me escondia entre livros, telas, ingredientes de outras lembranças. atrasos e queixas desse ritmo tordo da minha vida morna. uma ata. tudo igualmente embolado e sem ritmo. se eu pudesse, permaneceria cá dentro, escondida, sem voz, sem motivos para experimentar o vento do lá fora. isso a que chamam mundo civilizado tem graça? nem. <br />destranquei cadeados e portões. embora fosse a brisa a grande semeadora de discóridas e lutos, essas andanças teimosas que empreendo por vias cada vez mais tomadas de gente na contra mão de mim, guarda-chuvas e carros irritando-me os passos mais simples, eu ainda somei duas ou três lembranças tardias de uma decepção já morta. mesmo daqui quinze anos elas ainda me acompanharão. sou tão previsível e tola. <br /><br />ruas sujas. gentes. gentes. mais gentes. barulhos. água. eu seguindo, sempre atrasada, sempre perdida. quem nota a tristeza profunda nos meus olhos? quem conhece essas narrativas sem nexo que me atormentam o sono mesmo após tantos meses de ausência física e de anulação dos votos eternos de amor? [sim, hoje eu sonhei com o sorriso e o abraço branco de um amor que nunca tive, mas que me mentiu muitíssimo bem]. nem eu lembrava. por alguns poucos instantes, destes segundos que a gente para de respirar por qualquer bobagem, eu esqueci o meu deserto. instantes raros. distração. o deserto continuava lá. ele é forte. e muito árido.<strong>]</strong>adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-20890160665763750832009-07-05T23:25:00.000-03:002009-07-06T00:18:00.136-03:00a estação do inverno<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigJzi1I_hnohk66fuDamtfmQjq2LIflyDQqfphPzSz5ol1IgkJdYPgQmaHMgLSnBWD1yU8nQKYelP0SEYC6GjMgchjFxhbkhx6ggTLLOsZCESm2ueK8B9riAkKm9wfhIHWPKoNEPiI56ij/s1600-h/DSC00570.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigJzi1I_hnohk66fuDamtfmQjq2LIflyDQqfphPzSz5ol1IgkJdYPgQmaHMgLSnBWD1yU8nQKYelP0SEYC6GjMgchjFxhbkhx6ggTLLOsZCESm2ueK8B9riAkKm9wfhIHWPKoNEPiI56ij/s320/DSC00570.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5355174639677366306" /></a><br /><em>_coitado! vive tão sozinho, não tem nada no mundo...<br /><br />enganava-se a rosa-chá quando pensava que o gato malhado vivia solitário e não tinha nada no mundo. bem ao contrário, ele tinha um mundo e recordações, de doces momentos vividos, de lembranças alegres. não vou dizer que fosse feliz e não sofresse. sofria, mas ainda não estava desesperado, ainda se alimentava do que ela lhe havia dado antes. triste no entanto, porque a felicidade não pode se alimentar apenas das recordações do passado, necessita também dos sonhos do futuro...<br /><br />jorge amado - o gato malhado e a andorinha sinhá </em><br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7NnUPbYMv9kqbaeR1wJVsp0e04-mV58fLrCrT30jsoW6pZt4xjkeGaIHki0WD1EIwRjhAK9_wWP_kqF8rdR2D6Kf48GY6HNr9onjgRG1sdBJAP_Lf5HGudgyEwV4KIhDKvK3jMIIQRjsh/s1600-h/DSC00681.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7NnUPbYMv9kqbaeR1wJVsp0e04-mV58fLrCrT30jsoW6pZt4xjkeGaIHki0WD1EIwRjhAK9_wWP_kqF8rdR2D6Kf48GY6HNr9onjgRG1sdBJAP_Lf5HGudgyEwV4KIhDKvK3jMIIQRjsh/s320/DSC00681.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5355174177211912850" /></a><br />no espaço de um quase, cabem tantas conversas. olha nós dois: o quase é a ilusão da proximidade mas o longínquo, essa demência, ressoa melhor.<br /> <br />quando eu chego em lágrims tensas e ninguém me diz que eu preciso florir, quase é o espaço entre as ocupações, entre a lágrima e a sombra. o quase não tem ritmo, nem rima, só cor de talvez inacabado. <br /> <br />o quase enche o vazio com irmãozinhos barulhentos. o quase é fio da madrugada sem lua balançando sonhos, quase não é tristeza embora o quase me faça chorar. mas a saudade também faz. e o não ter rumos, isso não é nada bom.nem quase.<br /> <br />o quase é uma prisão. <br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7Lpo03uDD3vzcMHUd8c_iLraHzn8zCbULLMG0EBFMDC9meuXnuytOC-Xe9r3jpiPN__zMpXErsCH7IadL9yeQO6a0EEBI01QDPFTuPE_g-Y9uakh-6Sb9UGOxwvkwhc0Jl7W442kxnFDR/s1600-h/DSC00670.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7Lpo03uDD3vzcMHUd8c_iLraHzn8zCbULLMG0EBFMDC9meuXnuytOC-Xe9r3jpiPN__zMpXErsCH7IadL9yeQO6a0EEBI01QDPFTuPE_g-Y9uakh-6Sb9UGOxwvkwhc0Jl7W442kxnFDR/s320/DSC00670.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5355173757349854386" /></a><br /><em>tanta coisa que eu não sabia. nunca tinham me falado, por exemplo, deste sol duro das três horas. também não me tinham avisado sobre este ritmo tão seco de viver, desta martelada de poeira. que doeria, tinham-me vagamente avisado. mas o que vem para a minha esperança do horizonte, ao chegar perto se revela abrindo asas de águia sobre mim, isso eu não sabia. não sabia o que é ser sombreada por grandes asas abertas ameaçadoras, um agudo bico de águia inclinado sobre mim e rindo. e quando nos álbuns de adolescente eu respondia com orgulho que não acreditava no amor, era então que eu mais amava; isso eu tive que saber sozinha. também não sabia no que dá mentir. comecei a mentir por precaução, e ninguém me avisou do perigo de ser tao precavida; porque depois nunca mais a mentira descolou de mim. e tanto menti que comecei a mentir até a minha própria mentira. e isso - já atordoada eu sentia - isso era dizer a verdade. até que decaí tanto que a mentira eu a dizia crua, simples, curta: eu dizia a verdade bruta.<br /><br />clarice lispector - aprendendo a viver</em>adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-10105232203880801892009-07-02T12:43:00.000-03:002009-07-02T12:48:23.117-03:00[só tento tempo pra um suspiro]<em>Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma. <br />A alma é que estraga o amor. <br />Só em Deus ela pode encontrar satisfação. <br />Não noutra alma. <br />Só em Deus — ou fora do mundo. <br />As almas são incomunicáveis. <br />Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo. <br />Porque os corpos se entendem, mas as almas não. <br /><br /> Arte de Amar, <strong>Manoel Bandeira</strong></em>adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-81129786382790104362009-06-27T10:46:00.001-03:002009-07-06T00:49:11.477-03:00Eu sei que você sabe Que eu sei que você sabe Que é difícil de dizer...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXD1fn55FA-KWTm49Npdfmfa3N1SDulsdOygfsu7Ka2pec7ofh-Yj5yphya6Y8-9t3ZkQ6aOoXT0j3pWhqXNF_rBG4V8KZ4Jn8owaPYizhR0LDNcuMSIwgR5r-HLN6dbo-nf8OLCNRLzXg/s1600-h/DSC00643.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXD1fn55FA-KWTm49Npdfmfa3N1SDulsdOygfsu7Ka2pec7ofh-Yj5yphya6Y8-9t3ZkQ6aOoXT0j3pWhqXNF_rBG4V8KZ4Jn8owaPYizhR0LDNcuMSIwgR5r-HLN6dbo-nf8OLCNRLzXg/s320/DSC00643.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5352003999189137058" /></a><br /><em><br />"Tomas não sabia então que as metáforas são uma coisa perigosa. <br />Não se brinca com as metáforas. <br />O amor pode nascer de uma simples metáfora"<br />milan kudera - a insustentável leveza do ser</em><br /><br /><br />não! <br />sim.<br />não. <br />talvez. <br />não sei mais.<br />tem q saber, é? tá tudo mt doido aqui: versos, fotos, gestos, sons, expectativas... e esse cheiro! não consigo dormir com esse cheiro me lembrando o florir inesperado. o gosto também. <br />é que eu quero tudo limpo, qboalogicamente limpo. aí veio a manhã, o sofá, as dúvidas, o repentino. eu não dormir uma noite inteira fazendo nada além de olhar ? eu tava esperando? nem sei onde guardei aquele estojinho delicado com meus sentimentos de amor puro, inocência, e crença na mágica simples dos encontros metafóricos. <br />a<a href="http://shiguehiko.sites.uol.com.br/jazzie/sol.htm"> <strong>clarah</strong></a> tem mesmo razão: <strong>sorrisos fodem</strong>. <br />encantamento também.<br /><br />eu não vou a lugar algum, marinheiro só. eu não sou daqui. então pare com essa história de florescer antes de ter raízes. me deixe com meus versos sem rima, com minhas pétalas sem cor [por isso preciso tanto me rodear dessas compradas no museu inventado de meus próprios sentimentos esquecidos].<br />só vou para dizer: adeus.<br />e viver arrastanto mágoas.<br />e sonhar com as chances de encontros que o vento não conseguiu polinizar. <br />é isso ou <a href="http://www.casadobruxo.com.br/poesia/f/flor48.htm">outra manhã</a> de grandes amores eternos com duração minúscula.<br />tô cansada.<br /><br />o <strong>ministério da saúde </strong>se diverte:<br />metáforas e rimas podem causar vida em abundância.<br />ao persistirem os sintomas..., ah... <strong>se entregue</strong>!adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-55195598329349103862009-06-14T22:13:00.000-03:002009-06-14T22:39:00.976-03:00ligação perdida.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbGMtYCJ8zIm4sKGWwx2D3-OPzTBKtqopBmb4RERBNGnxmAiIp2Mdxu4e_PCdHImny05v_dFnEIRrbvNeolOZ6ycgUkRfNipwxsg3EjgxObbwAHRA29113q4R14yRj1hBpouSSHP7krk7b/s1600-h/DSC00550.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbGMtYCJ8zIm4sKGWwx2D3-OPzTBKtqopBmb4RERBNGnxmAiIp2Mdxu4e_PCdHImny05v_dFnEIRrbvNeolOZ6ycgUkRfNipwxsg3EjgxObbwAHRA29113q4R14yRj1hBpouSSHP7krk7b/s320/DSC00550.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5347361850340905122" /></a><br /><br /><strong>... eu segurei o <a href="http://letras.terra.com.br/gilberto-gil/376450/">celular</a> com uma mão,<br />e o meu coração com a outra...</strong>adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-27297070222436533812009-06-04T23:53:00.001-03:002009-06-04T23:53:33.427-03:00toc, toc...<object classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=7,0,19,0" width="600" height="500"><br /> <param name="movie" value="http://www.drpepper.com.br/swf/0398_barata.swf" /><br /> <param name="quality" value="high" /><br /> <embed src="http://www.drpepper.com.br/swf/0398_barata.swf" quality="high" pluginspage="http://www.macromedia.com/go/getflashplayer" type="application/x-shockwave-flash" width="600" height="500"></embed><br /></object>adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-59256096491886999222009-04-09T13:48:00.000-03:002009-04-09T13:54:27.257-03:00outono<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8y6_iBvdkgaUttD1s3bRGzm6wgknBKm5_dWgjoJxvnM9p20nOwoSFOWs052SaVmvJ6gIQGXCn3npMVZZ46wjQc5sTsSmNIx88_AkBCCbFmbz3Kf1aBGmka9F6ej4mQrmtu3UOgg5YTrdH/s1600-h/ATgAAACKvBPUw0PUdU0Ba7HeYq3aQ-slp5w2Hq1s2ri_NyUIcJ7Tb-jXCY4QZDsyM3e_P1NDkFyOqBINWmzYipf2TvaXAJtU9VDAqGea0tgOWFnaOev_82Nusy0Log.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8y6_iBvdkgaUttD1s3bRGzm6wgknBKm5_dWgjoJxvnM9p20nOwoSFOWs052SaVmvJ6gIQGXCn3npMVZZ46wjQc5sTsSmNIx88_AkBCCbFmbz3Kf1aBGmka9F6ej4mQrmtu3UOgg5YTrdH/s320/ATgAAACKvBPUw0PUdU0Ba7HeYq3aQ-slp5w2Hq1s2ri_NyUIcJ7Tb-jXCY4QZDsyM3e_P1NDkFyOqBINWmzYipf2TvaXAJtU9VDAqGea0tgOWFnaOev_82Nusy0Log.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5322735966063698034" /></a><br /> <br /><br />no outono eu fico mais melancólica e triste do que a minha habitual tristeza sem motivo me acostumou.<br /><br />os dias ficam amarelados, opacos e vagarosos. tudo está meio morno, menos o sol e seu ardor por si mesmo, esse assanhado. a cidade anda vazia. salvador só funciona até as 23h [alguém pode me dizer por quê?] e todo mundo parece estar gripado, ou ocupado demais com coisas deveras secretas para se manter invisivelmente além dos meus olhos. nem é feriado ainda, mas tudo já fechou. inclusive o dia.<br /><br />chás de frutas com hortelã. não bastassem os espirros e a coriza, eu tenho cólica. ser mulher é sempre um incômodo previsível e múltiplo.adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-780505145052465122009-04-09T13:07:00.000-03:002009-04-09T13:44:40.911-03:00eu não deixo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjn3iBbkVOP2o2Z0sYjL8r4MJEqunouq0Qef-2NMx7HfOMBz8vfRURJC1sHjb6VPeSNMw_Of-OKKbT2zwC1HcgTr0Dn2X0WZAck2lwupTQ8OJi1MlS-xuiSo_zJdVapabyhMd_iWIROz91j/s1600-h/ATgAAAA3m-Vg_XF7lMBxDblWAEcgywoG1WUW-FR3vvuSZEAMl7TjbpWUc4j5HDp2yJfMXbDk60uZ55P6PGt2ehvWahr5AJtU9VBVGvRTnrfAqIu07So1R5QdAvER9Q.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjn3iBbkVOP2o2Z0sYjL8r4MJEqunouq0Qef-2NMx7HfOMBz8vfRURJC1sHjb6VPeSNMw_Of-OKKbT2zwC1HcgTr0Dn2X0WZAck2lwupTQ8OJi1MlS-xuiSo_zJdVapabyhMd_iWIROz91j/s320/ATgAAAA3m-Vg_XF7lMBxDblWAEcgywoG1WUW-FR3vvuSZEAMl7TjbpWUc4j5HDp2yJfMXbDk60uZ55P6PGt2ehvWahr5AJtU9VBVGvRTnrfAqIu07So1R5QdAvER9Q.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5322733207481562834" /></a><br /><br /><br />eu viajei para a praia do forte, vi as tartaruguinhas e o mar. a igreja. o forte. fotos e cascos. tudo doce. era outono também. choveu antes e depois. eu estava feliz.<br /><br />as tartarugas vivem muitos anos. centenas. bem mais do que nós, os infames. e elas gastam essa pseudo-dádiva [as tartarugas não são seres alegres] viajando. enormes, tristes, cansadas cruzam o planeta a procura de um não sei quê que justifique tantas décadas, séculos até, como testemunhas oculares do sem-sentido que é a vida, elas viajam. nada as oprime. nem as crias, nem a distância. atravessam o mundo, através dos oceanos, até que algum idiota que queira um pente, um brinco ou sopa quentinha as agarre. ou que alguém preocupado com a extinção delas as pesque, alimente, cuide e recoloque no mar. no meio deste processo eu a vi, linda e triste. ela gritava, cabeça para fora do tanque, nadadeiras esforladas [nem sempre o corpo obedece o coração] ela se virava na direção do mar, e insistia. acho que chorava.<br /><br />uma vez, faz tempo, uma tartaruga também cantou pra mim. apareceu de repente linda, doce e triste. com aquele olhar tênue que diz: sou só. cuida de mim?<br /><br />acreditei: quis. deixei. foi um nado tranquilo. o oceano todo para mim era um lago agradável. mas as tartarugas não gostam do chão, não constroem casas. eu olhei ao redor e ela já não estava. foi-se sem avisar. e me afoguei.<br /><br />tartarugas querem conter todo os oceanos dentro de si. a inmensidão lhes é pouco. vão. porém, sempre retornam.<br /><br />eu que não quero mais nadar.<br /><br />e prefiro a sozinhez da praia, ao sol.adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-1727129048477170582009-03-21T23:18:00.000-03:002009-03-21T23:32:33.395-03:00sexta feira analítica [ou de sobre o fim do verão]<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVO_uFuOQinMETcr0wKHBUUEdi_Dh3gfyI_X3LICrX8w9xMwNvbWLhTwfQXuOLuw0RbuaP4pmWkSK9ORgiN6k_uc1LKLJH4fadUXwVWm9Puf3EgJ_lBwKWzwmRLlEsb8y-gMCDdF8-zI3D/s1600-h/DSC00312.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVO_uFuOQinMETcr0wKHBUUEdi_Dh3gfyI_X3LICrX8w9xMwNvbWLhTwfQXuOLuw0RbuaP4pmWkSK9ORgiN6k_uc1LKLJH4fadUXwVWm9Puf3EgJ_lBwKWzwmRLlEsb8y-gMCDdF8-zI3D/s320/DSC00312.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5315832683330690306" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRxEYXfkX-2qoUmRu1pZK4gLuoU0pdTdwLdv-RwLNtbFreayGjZSBdEs-Sgo3w7F8ZhyphenhyphenPyQ-z5lHwyoLrM6QbTf1UGDLBmoONAu-07WUnfY-h7LZZPb1g-yYnXn5kZkRfqemzwUwXMBhbH/s1600-h/DSC00311.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRxEYXfkX-2qoUmRu1pZK4gLuoU0pdTdwLdv-RwLNtbFreayGjZSBdEs-Sgo3w7F8ZhyphenhyphenPyQ-z5lHwyoLrM6QbTf1UGDLBmoONAu-07WUnfY-h7LZZPb1g-yYnXn5kZkRfqemzwUwXMBhbH/s320/DSC00311.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5315832487551527410" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1B9RruvBJvAny7BYjNu5sczYrGw_H_Kw7K4oC96KVREQS-uO_633fz1lnMrFrQE3_CuLfhwgl4eWHoMhriqLomWeLulbxHO-l7YDEl8-PZ4CYvt7qCPCoRvgz8p1J1tLy0YsjnNta6_tM/s1600-h/DSC00314.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1B9RruvBJvAny7BYjNu5sczYrGw_H_Kw7K4oC96KVREQS-uO_633fz1lnMrFrQE3_CuLfhwgl4eWHoMhriqLomWeLulbxHO-l7YDEl8-PZ4CYvt7qCPCoRvgz8p1J1tLy0YsjnNta6_tM/s320/DSC00314.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5315832203341766754" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPZ7KE-WcEq9NRF5Yzp0Oz8-CJ0j63G2MDNxiPJlhGWBZskVi2uLh4VSBehmVpc_DcXQV9GTejcas7qF7DSNLPYlTTa8yi19S05jLsPohBhNqpBZ6O41-r77xFx9Kr767usqkEfd5uugXG/s1600-h/DSC00313.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPZ7KE-WcEq9NRF5Yzp0Oz8-CJ0j63G2MDNxiPJlhGWBZskVi2uLh4VSBehmVpc_DcXQV9GTejcas7qF7DSNLPYlTTa8yi19S05jLsPohBhNqpBZ6O41-r77xFx9Kr767usqkEfd5uugXG/s320/DSC00313.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5315831510098010578" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihfspyL93JkTD-Oij1irxOH3UTvY39WoVN1VK6yw4Yhen12xwAF4d60X26B5pAUPlIuj_g0JciODR7GiBrptZ6GnRaEw5HY4EMDo31h78886Eg2FlhARbnf7sN2iqHcP1UWcmDgtvygP9I/s1600-h/DSC00316.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihfspyL93JkTD-Oij1irxOH3UTvY39WoVN1VK6yw4Yhen12xwAF4d60X26B5pAUPlIuj_g0JciODR7GiBrptZ6GnRaEw5HY4EMDo31h78886Eg2FlhARbnf7sN2iqHcP1UWcmDgtvygP9I/s320/DSC00316.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5315831191608810194" /></a><br /><br /><strong>[a canção que não se ouvia, mas que eu imaginava ainda me era desconhecia]</strong><br /><br /><em>Bem que você podia<br />Pintar na sala<br />Da minha tarde vazia<br />Como na poesia<br /><br />Itamar Assumpção</em>adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5285250128690934126.post-81572431787849742362009-03-21T22:56:00.000-03:002009-03-21T23:15:24.369-03:00compartilhamento de tristezas [ ou da condição soberana da inequívoca sensação de ser só].<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3jwZk76DObX9Txv3Rhm41zJpfUxpGWw-fFXdWQiZ-yT-rO8DHI9Rgh6-riWlanCrK3TCPKDxWeHTPqpBVUV2_lAGMAoAN6PLDe_vokclCaArUlrHolzSHiJvwI3poqFArtwGvie8KcwVf/s1600-h/m%C3%A3os.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3jwZk76DObX9Txv3Rhm41zJpfUxpGWw-fFXdWQiZ-yT-rO8DHI9Rgh6-riWlanCrK3TCPKDxWeHTPqpBVUV2_lAGMAoAN6PLDe_vokclCaArUlrHolzSHiJvwI3poqFArtwGvie8KcwVf/s320/m%C3%A3os.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5315827619350977362" /></a><br /><br /><strong>Adriany diz:</strong><br />[sobre a tua necessidade de sozinhez hoje, querido, eu ouço e compreendo os teus motivos. me disponho ao seu lado, na permanência etérea de um bem querer simples e mudo: estou contigo.] <br /><strong>Adriany diz:</strong><br />"Quando às vezes o mar soluça tristemente<br />A praia abre-lhe os braços e deixa-o a gemer;<br />Embala-o com amor, de leve, docemente,<br />E canta-lhe cantigas pra adormecer!"<br /><br /><a href="http://dentrodemim.blogs.sapo.pt/arquivo/mar1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 350px;" src="http://dentrodemim.blogs.sapo.pt/arquivo/mar1.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><em>Se eu pudesse amar-te agora<br />não repetiria gestos nem palavras<br />só meus olhos a implorar os teus<br />o desejo de não ires mais embora<br /><br />pudesse eu amar-te agora<br />e te fazer sorrir cada vez mais<br />seria eu teu mar, o teu veleiro<br />a aportar em mim, teu templo, o cais<br /><br />e envolta em meus braços, teu abrigo<br />eu, por amar-te tanto, te diria<br />da memória etérea desse amor antigo<br /><br />transformaria em rima as lembranças<br />e reescreveria em cores nossa história<br />ah!... pudesse eu amar-te agora!...<br /><br />[Alice Daniel]</em>adriany thatcherhttp://www.blogger.com/profile/08691429220522337634noreply@blogger.com0